quinta-feira, 17 de abril de 2008
Of Moons, Birds & Monsters
Entre fotos e doces,
Papéis, telefones e bebidas,
Entre os brinquedos e espelhos,
Entre canetas e abas e símbolos,
Entre desenhos e sons e lixo,
Eu só posso baixar a cabeça e respirar fundo
O sopro inverso serve de inspiração e leva para o coração alívio,
Para o pulmão o sustento,
Para a alma o alimento
Entre pensamentos e sentimentos,
Sensações, vontades e delírios,
Entre luzes e ventos e gaiolas,
Eu vejo a possibilidade e o momento ideal do salto
Salto que carrega o medo e a emoção do novo,
O novo aqui, o novo ali, o novo do outro lado...
O novo de novo
Sempre outra vez
Aquele dia eu senti saudade
A saudade do momento que se esperou
Nunca do momento que passou.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Apply Some Pressure
O pulsar da música caminha no mesmo ritmo que o pulsar do coração. Aquele que chora, sofre e cansa descobre seus grandes momentos de alegria, êxtase e agitação.
Agitação que faz a poesia diária ter um sabor diferente. Sabor doce na boca da criança que só espera isso da vida breve, intensa e verdadeira.
O plano infalível para ter você caminha junto com a bala que dança na boca ao som do pulsar da música, do coração.
O risco acorda os sentidos, mostra e oferece a possibilidade de toques, cheiros e cores desconhecidos... a poesia cresce e o corpo arrepia.
E tudo se faz simples e frágil, belo e intocável, feliz e arriscado. A possibilidade excita, o erro excita, já que todos os caminhos levam para o encontro da felicidade quando a consciência acontece.
O pulsar não pára até que eu determine, por isso a possibilidade de todas as coisas são tão vastas e certeiras, já que para isso basta sonhar e pular o salto mais alto e suicida.
Arriscar você, ter você, beijar você e perder você.
Isso é tudo que um pulsar pode desejar.
terça-feira, 1 de abril de 2008
15 Step
Mergulhar no maior abismo que se tem idéia passa a ser um prazer quando se tem consciência de si mesmo.
Encontra-se poesia em todas as coisas... até na dor de saber que você vai chegar mas que ainda não é o momento.
E quando percebe-se sozinho, percebe-se também a grandeza de ser o único provedor do bem e do mal.
Flutuando pelo abismo, pelo espaço e pelo universo mais vasto que jamais pude imaginar eu sinto saudade da sua chegada.
Penso em todas as vidas que posso te contar e mostrar. Queria até que pudesse ver como as coisas estão sendo feitas e como me descobri tão imensa, submersa.
Penso em como vou contar a força e vontade que renasceu do sonho antigo,
Penso em mostrar a foto das costas nuas que um dia poderá fotografar,
Penso que finalmente consegui sentir aquela música incompreensível,
Penso nas festas que não participará e que se transformarão em história que vou cantar baixo no ouvido,
Penso nos segredos incabíveis que não poderá ouvir,
Penso nos tantos lábios e sabores que por aqui passaram, nos cheiros e abraços,
Penso nas tatuagens que ainda vou riscar e qual delas te darei de presente,
Penso em dividir a alegria das minhas novas canções.
E aquele infinito em que me lancei parece ser o lugar do qual eu jamais deveria ter me retirado.
Como é bom viver por dentro.
Como é difícil o correr dos dias.
Como é estranha a vida sobre a Terra.
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